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Notícias | Cidadania

Por Equipe Portal do Garrett – Publicado em 19 jul 2021

A implementação da Responsabilidade Social Coorporativa

“É tudo que está ligado as pessoas e com o que podemos melhorar na vida das pessoas”, comenta Especialista em Responsabilidade Social e Voluntariado.

Andréa Poiani – Foto arquivo pessoal

Os dados recorrentes sobre a vulnerabilidade social e sustentabilidade enfatizam a necessidade de atenção, mobilização social e ações de preservação. Por isso, a responsabilidade social corporativa entra como uma das diferentes formas de ajudar e contribuir para a sociedade. São iniciativas com foco em questões éticas, ambientes e sociais buscam contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e para a preservação do meio ambiente.

Andréa Poiani, Especialista com 14 anos de experiência nas áreas de Comunicação Interna, Responsabilidade Social e Voluntariado, explica que a responsabilidade social é também assumir o papel do cidadão e fazer a diferença na vida das pessoas dentro e fora das empresas. “Temos o cuidado com o todo, desde o colaborador, passando pela comunidade e até dos fornecedores. Precisamos avaliar que todos estejam alinhados no mesmo discurso”, comenta.

A profissional ressalta que a área está se profissionalizando e já existem diferentes cursos e especializações. “Antigamente não tinha uma equipe de responsabilidade social, era sempre uma pessoa ou outra”, nota. O segmento está em constante crescimento e muitas empresas já possuem comitês de responsabilidade social compostos por pessoas de diferentes equipes, tais como setor financeiro, RH e Marketing. “Não adianta fazer uma ação e ter ruídos de comunicação internamente. Todo mundo deve estar ciente e de acordo com o que está acontecendo”, atesta Poiani.

A implementação de práticas de responsabilidade social possui importância para a organização, colaboradores e sociedade. “Quando a gente fala da área social, envolve tudo: ambientes, pessoas e animais. Tudo deve estar em equilíbrio”, diz a especialista. Glaucia Faria, Coordenadora Responsabilidade Social e Sustentabilidade com mais de 15 anos de experiência, entende que responsabilidade social corporativa é o olhar da empresa perante as comunidades, aos colaboradores e o que pode fazer de diferente para todos.

Glaucia Faria – Foto divulgação

A implementação

Entender as demandas antes de qualquer ação é um importante passo. “Quando avaliamos um projeto, aprendemos muito. Não vou levar aquilo importante só para a empresa, e sim o que é importante para quem vou trabalhar”, explica a coordenadora. Para isso, é preciso analisar aspectos legais relacionados às atividades voluntárias, doações e campanhas.

As empresas contam também com a possibilidade de estabelecer parcerias público-privadas em que a organização tem com o apoio de órgãos governamentais para realizar ações em comunidades próximas e instituições. Uma segunda alternativa são os incentivos fiscais que trabalham com uma porcentagem do imposto de renda da empresa. “Tem uma imensidão de opções, por isso você precisa ter aliados, como a área contábil e tributária, para orientar sobre o que você pode usar”, acrescenta.

Faria enfatiza o alinhamento com a área jurídica para avaliar as possibilidades e estabelecer contato com terceiros, existindo diferentes termos e contratos que regularizam todas as ações. Além do empenho e aceitação das equipes, colaboradores e líderes, Andrea Poiani destaca o comprometimento do parceiro.

No caso de fornecedores que apoiam as políticas, é importante avaliar a cultura organizacional e transparecer tudo em relatórios para colaboradores e clientes. Para ela, “o marketing da empresa é o próprio colaborador. E o cliente vai fechar com uma empresa que seja transparente”.

“Tudo o que fazemos é tudo muito bem conversado entre a equipe, com a diretoria, com as áreas que dão suporte para nós, o jurídico e da área de comunicação interna”, diz Andréa Poiani afirmando esta necessidade de alinhamento interno.

A especialista lembra que o voluntariado é também embasado em uma legislação. “Para pessoa ser voluntária precisa assinar um termo de adesão do voluntário, no qual está ciente de aquela ação social não tem nenhum vínculo empregatício ou remuneração. Tudo isso deve estar muito bem nítido para pessoa”, explica. Segundo a especialista, o planejamento e divulgação são uma outra parte importante do processo. “É muito fácil falar que a empresa faz trabalho voluntário, mas por trás disso tem um planejamento para poder estruturar e fazer acontecer com tudo alinhado”, verifica a Coordenadora Glaucia Faria sobre a transparência com implementar as diferentes opções voluntárias, políticas internas e detalhes.

Os benefícios

Com a implementação das ações de responsabilidade social, as executivas entendem que os benefícios são intangíveis dentro e fora das empresas. Para Poiani, as ações contribuem para o desenvolvimento e reconhecimento de habilidades de cada pessoa. “Percebemos que, às vezes, um colaborador mais tímido no momento de uma ação social se solta com um pouco mais facilidade”, conta. Segundo ela, é possível perceber o perfil de cada voluntário e perceber capacidades de resolução, insights, agilidade, liderança, trabalho em equipe e diferentes pontos.

“Você não teria essa oportunidade de trabalhar com pessoas, roteiros e realidades diferentes na rotina normal”, completa. Enfatiza também a questão do reconhecimento, pois as ações não carregam a hierarquia habitual. “Todo mundo é igual e tem a oportunidade de falar, se destacar e ser reconhecido no final de todas as ações sociais. Aqui a gente entrega um certificado de reconhecimento e de horas voluntárias, por exemplo”, detalha a especialista.  

Além dos impactos positivos para a comunidade, Glaucia Faria e Andrea Poiani entendem que traz a sensação de pertencimento e motivação para as pessoas. “O colaborador segue, vê e fala com muito orgulho mesmo”, considera Faria. As executivas ressaltam os impactos de produtividade, participação ativa e resultados. “A pessoa passa a perceber que o trabalho vai impactar também a família que ela beneficiou e não é simplesmente só o trabalho”, comenta Poiani.

Conselhos

A Coordenadora relata que os novos contratados, principalmente o público jovem, questionam sobre as práticas de responsabilidade social e sustentabilidade existentes na empresa. “Você vê o interesse do cidadão e se a empresa não faz, você realmente acaba perdendo talento para o mercado”, explica. Poiani lembra ainda a questão da diversidade e inclusão como fator influente nos novos talentos.

“Trabalhar a diversidade e a responsabilidade social, não pode ser uma coisa só para postar em rede social. Todos precisam estar muito bem confortáveis e alinhados para que as ações aconteçam de uma forma muito natural e não fique forçada”, informa. Da mesma forma, analisa o preparo e treinamento das empresas para receber as diversidades como constituintes de uma política de responsabilidade social.

Pensando nisso, as especialistas aconselham que para essa implementação é necessário ter um profissional focado no assunto ou uma equipe com a integração de setores. “Não é jogar de novo para o pessoal de RH ou comunicação. É um assunto que realmente precisa dedicação”, argumenta Faria. Dessa forma, podem ser feitas reuniões para identificar as demandas sociais e quais ações encaixam na realidade da organização.

“O Brasil ainda tem um caminho longo, mas devagar você começa a ver em algumas situações ou algo do tipo sobre responsabilidade social”, diz Glaucia Faria.

Poiani aconselha que gestores façam o mapeamento e diagnóstico sobre o contexto e capacidades de seus colaboradores. “Pode criar uma pesquisa para ver quem teria interesse de fazer parte desse comitê, dar sugestões, ideias. Temos um acervo de talentos dentro da empresa que nem imaginamos”, propõe.

“É importante deixar tudo isso e as instruções documentado, compartilhado com a equipe e mostrar que tudo começa com as ações menores, mas que podem ser multiplicadas”, aconselha. Outro ponto importante levantado é a capacitação, pois, para ela, “nem todo mundo aprende do dia para noite a ser voluntário. Existem cursos e é muito importante que as pessoas tenham ciência que área social não é simplesmente tudo é de graça”.

Faria comenta que trazer números para a área de responsabilidade social como reflexo de resultados, é ilusório. “Se eu quiser saber mesmo um resultado, eu vou tá falando em transformação de vidas”, explica. Ressalta que, profissionais da área atuam como um diferencial, principalmente a partir do momento de pandemia. “As pessoas estão precisando fazer alguma coisa e isso não deixa de ser diferente com a empresa”, assegura Glaucia Faria.